Surgem circunstâncias em que Trump e Bolsonaro do Brasil ordenaram motins contra a eleição presidencial.

Depoimentos de líderes militares foram revelados na época

Duas reuniões foram realizadas na residência oficial.

Prescreve diretamente medidas semelhantes à lei marcial

Ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. AP Yonhap Notícias

O ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido como 'Trump do Brasil' depois que seus apoiadores o acusaram de incitar tumultos após perder as eleições de 2022, propôs diretamente um plano para entregar os resultados eleitorais aos líderes militares, de acordo com depoimentos.

Segundo noticiou a Associated Press no dia 16 (horário local), um documento de investigação policial contendo o depoimento desses funcionários foi tornado público por decisão do Supremo Tribunal Federal no dia anterior.

Segundo o documento, o presidente Bolsonaro convidou o ex-chefe do Exército Marco Antonio Gomes e o ex-chefe da Aeronáutica, general Carlos de Aumeida Baptista, ao Palácio Presidencial para manter seu poder. Ele testemunhou que foi chamado para uma reunião duas vezes.

O ex-presidente Bolsonaro propôs privadamente uma forma de alterar os resultados das eleições presidenciais, mobilizando mecanismos legais como a lei marcial, disseram dois ex-comandantes em chefe, acrescentando: “Quero criar um comité para verificar o processo eleitoral e examinar a sua legalidade. .”

Os dois recusaram-se a fazê-lo desde o início, dizendo que “o presidente pode ser responsabilizado legalmente” e alertaram que poderiam ser presos se tentassem alterar os resultados eleitorais.

16 (horário local), o ex-presidente Jair Bolsonaro discursa no lançamento do candidato a prefeito Alexandre Ramasem (centro-direita) no Rio de Janeiro, Brasil. AP Yonhap Notícias

Foi a primeira referência direta à participação ativa do ex-presidente Bolsonaro nos motins desde que as autoridades começaram a investigar as alegações de que ele encorajou motins antipresidenciais. No dia 8 de janeiro do ano passado, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro protestaram contra o resultado das eleições presidenciais e se revoltaram, atacando o palácio presidencial, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

Especialistas locais estimam que o status político do ex-presidente Bolsonaro também está em risco. “Isso é um sinal de que ele vai ficar sozinho, perdendo os recursos militares que tinha no passado”, disse o Dr. Sergio Fraga, diretor da Fundação Vargas, um think tank brasileiro.

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Enquanto isso, Manoel Caldino, professor de ciência política da Universidade de São Paulo, previu que o depoimento não teria impacto significativo na opinião pública. Isto porque é pouco provável que os polarizados apoiantes do ex-presidente Bolsonaro se deixem influenciar pelo novo depoimento, e o resto do público já suspeita que ele esteve envolvido nos tumultos.

O ex-presidente Bolsonaro, que participou de um evento de lançamento do candidato a prefeito no Rio de Janeiro no dia seguinte à divulgação do documento, repetiu sua posição anterior de que foi vítima de “perseguição” por parte do partido no poder. “Não tenho medo de qualquer julgamento, desde que o juiz seja justo”, disse ele, sem se referir diretamente ao depoimento de sua equipe divulgado no início do dia.

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