A mudança climática abala a indústria pecuária global… uma nova era na produção de carne bovina dos EUA

3.000 vacas morrem no Brasil por hipotermia
Quase 500.000 cabeças de gado morrem devido ao aumento das temperaturas na Mongólia
43% da Geração Z no Reino Unido dizem que não comerão carne este ano
EUA aprovam primeira venda comercial de frango cultivado com células-tronco
Existem desafios como alto custo e dificuldade na produção em massa

A mudança climática está abalando a indústria pecuária global. O gado está morrendo devido ao frio ou ao calor, e a indústria começou a se concentrar em carne alternativa ou carne cultivada. Em meio a isso, como é a primeira vez que a carne de frango doméstica pode ser vendida nos Estados Unidos, as expectativas para o mercado aumentam.

No dia 21 (horário local), o gado morreu em grande número no Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, segundo a Associated Press. Em poucos dias, 3.000 vacas foram mortas só no Mato Grosso do Sul, o que foi atribuído à hipotermia, que foi contestada.

Considerando que o Brasil tem 224 milhões de cabeças de gado, há pouco impacto imediato na produção de carne bovina, mas a extensão dos danos é considerada altamente incomum na área local. Além disso, os temores de danos adicionais estão crescendo, já que as autoridades disseram em um comunicado que “as mortes relacionadas ao clima já são esporádicas”.

Na Mongólia, que depende fortemente da pecuária para consumo de carne e venda de couro, a mudança climática também está agravando o problema. A Mongólia é classificada como um dos países mais vulneráveis ​​às mudanças climáticas, com sua temperatura média aumentando 2,1 graus nos últimos 70 anos. De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), cerca de 500.000 morreram nos últimos anos devido às mudanças climáticas extremas na Mongólia, lar de cerca de 70 milhões de cabeças de gado.

À medida que a situação evolui, o mesmo acontece com a mentalidade do consumidor. De acordo com uma pesquisa da Geração Z do Reino Unido (aqueles nascidos em meados dos anos 1990 até o início dos anos 2000) realizada pela mídia econômica Forbes no ano passado, 43% dos entrevistados disseram que não comeriam carne este ano. “Os consumidores mais jovens são mais propensos do que os consumidores mais velhos a questionar a sustentabilidade da produção de carne”, disse a Forbes. “Se esta geração não parar com a pecuária industrial, em maio o fará.”

A indústria também está progredindo rapidamente. As startups de desenvolvimento de carne de criação Upside Foods e Good Meats receberam aprovação do Departamento de Agricultura dos EUA para comercializar frango de criação. Já se passaram vários meses desde que a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou uma avaliação de segurança. A carne cultivada é produzida pela cultura de células-tronco animais e está sendo avaliada como um alimento de próxima geração junto com a carne alternativa. A decisão do USDA inaugura uma nova era na produção de carne com o objetivo de reduzir os danos aos animais e o impacto ambiental, explicou a Associated Press.

No início deste mês, a JBS, maior produtora de carne bovina do mundo, iniciou a construção da maior fábrica de carne cultivada do mundo.

No entanto, vender carne de criação imediatamente em supermercados é praticamente difícil, dizem os especialistas. “O frango cultivado é muito mais caro que o frango convencional e ainda não pode ser produzido em escala tradicional”, aponta Ricardo San Martin, diretor do Alternative Meat Institute da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

“Os consumidores podem esperar que a carne cultivada seja vendida em restaurantes e lojas de varejo dentro de 2 a 5 anos, e nas prateleiras dos supermercados dentro de 7 a 10 anos”, disse Sebastian Pan, gerente de alimentos baseados em células do CRB Group.

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