Hoje o Portal Cascais foi para a rua tentar perceber como os Cascalenses estão a reagir a novas alterações forçadas nas suas vidas.
Pelas 10h30, no Pingo Doce de Alvide encontrámos fila à porta do supermercado. Esta fila devia-se ao facto de o funcionário da empresa de segurança privada estar a efectuar o controlo impondo a limitação de entradas, tal como definido pelo Governo.
O ambiente estava calmo no exterior e os clientes efectuavam comentários como, “agora temos todos de ter mais compreensão”, actuando estes de uma forma bastante civilizada. De notar que no exterior, a fila de espera não respeitava distâncias mínimas entre cada um dos clientes.
O que parecia vir a tornar-se num largo momento de espera, dado que a fila tinha sensivelmente 30 pessoas, acabou por ser bastante rápido e não demorou mais de 5 minutos.
No interior do supermercado, não existia um número excessivo de pessoas. O comportamento dos clientes era calmo e responsável. Notava-se que um cliente ao entrar num corredor, se visse lá mais de 3 ou 4 pessoas, recuava e ia a outro corredor diferente.
As filas nas caixas eram inexistentes e todos os funcionários das caixas tinham máscaras e luvas.
A nível de roturas, o clássico papel higiénico e álcool, mas quase tudo o resto estava disponível para venda.
Ao interpelarmos uma colaboradora, esta informou o Portal Cascais que, “a limitação de clientes imposta pelo Governo foi a melhor medida. Os clientes perante medida tornaram-se mais civilizados. Na quarta-feira, existiram casos de descontrolo em que clientes ameaçavam outros clientes e até funcionários.” Ao Portal Cascais foi ainda acrescentado que, “a loucura de vendas de quarta-feira foi tal que ultrapassámos o Natal mas sem o reforço de colaboradores que temos no Natal.”
Em frente ao Pingo Doce de Alvide existe a Farmácia Alvide. Estivemos de perto a assistir, sem tirar senha para entrar de modo a que o trabalho jornalístico não prejudicasse quem realmente precisa.
A Farmácia Alvide conseguiu manter um ambiente bastante controlado. Todos os clientes em espera estão no exterior, onde a própria farmácia disponibilizou cadeiras para os clientes se poderem sentar.
O dispensador de senhas está no exterior, e mostrador digital do número de senha no interior virado para a rua para que todos possam acompanhar.
No interior da farmácia está apenas um cliente por cada farmacêutico/a que esteja em atendimento.
O processo de entrada é efectuado por uma funcionária que abre a porta, chama um número. O cliente ao entrar deposita a senha num recipiente de lixo. De seguido é convidado a desinfectar as mãos com um dispensador que está na entrada (interior).
De seguida dirige-se a um guichet, os quais tiveram um avançado para manter uma distância obrigatória de aproximadamente dois metros entre cliente e farmacêutico/a.
O cliente acaba as suas compras, paga por dinheiro para uma máquina que conta o valor. Se pagar por multibanco, após o pagamento o terminal é imediatamente desinfectado.
O cliente no momento da saída é novamente convidado a voltar a desinfectar as mãos no mesmo sitio onde desinfecto quando entrou.
Na rua, menos pessoas do que é habitual, mas com alguma serenidade e com claros sinais de sentido cívico.
