Espírito lutador do tênis de mesa feminino brasileiro… “O Brasil é só futebol e vôlei? “O tênis de mesa começa agora”

O emocionante desafio terminou, mas a jornada continua. A seleção brasileira feminina de tênis de mesa (14ª colocada no ranking mundial) perdeu para a Coreia (5ª colocada) por 1 a 3 nas oitavas de final do Campeonato Mundial de Tênis de Mesa de Busan de 2024, no dia 21. 'Ace' Bruna Takahashi (24) lutou muito para vencer a primeira partida de simples contra Shin Yoo-bin (20), mas perdeu as restantes 2ª, 3ª e 4ª partidas de simples por 3. Torneio individual de 5 simples (11 pontos, 5 jogos). Foi difícil para mim.

O Brasil não é tradicionalmente classificado como uma potência do tênis de mesa. Apesar de dominar o mundo no futebol e no vôlei, é considerado um ‘desafiador’ no tênis de mesa. Também nesta partida percebi o quão alto é o muro mundial. No entanto, elogios e encorajamento chegam pela paixão que demonstram. A resposta é o espírito de luta da 'mesa-tenista maneta' Bruna Costa Alexandre (29, 227ª colocada no ranking individual) e das irmãs Takahashi, consideradas a melhor dupla feminina de tênis de mesa do Brasil. Eles disseram em uníssono: “Estamos orgulhosos da nossa equipe”.

Seleção Brasileira Feminina de Tênis de Mesa. Bruna Takahashi (da esquerda), Julia Takahashi, Bruna Costa Alexandre e o treinador George Bank. Eles sonham em levar o 'Samba Table Tennis' a um nível global. /Comitê Organizador do Campeonato Mundial de Tênis de Mesa de Busan

◇Alexander escolheu se tornar mais forte

Alexandre foi o jogador que mais chamou a atenção em Busan. Isso se deve à sua ‘biografia’ fora do jogo. Três meses após seu nascimento, seu braço direito foi amputado devido a um coágulo sanguíneo causado pela vacina. Tendo perdido um braço ainda jovem, não se sabe se ele era originalmente destro ou canhoto. “Meus pais e meu irmão mais velho são canhotos, então só posso presumir que nasci canhoto.”

Alexandre pegou a raquete aos 7 anos, seguindo o exemplo do irmão mais velho, que jogou tênis de mesa pela primeira vez. Quando jovem jogava futebol, muito popular no Brasil e usava apenas as pernas. Mas no final optei pelo tênis de mesa. Ele disse: “A visão de combate rápido e estratégico em uma mesa e de jogar taticamente enquanto mistura turnos parecia atraente.” Não houve medo. “Se eu tivesse perdido o braço direito (devido a um acidente, etc.), teria ficado muito desconfortável e relutante em praticar esportes. Mas acabei vivendo assim e escolhi porque achei que não era muito diferente de uma pessoa sem deficiência. Comecei a seguir minha carreira como jogador com paixão aos 10 anos.

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Bruna Costa Alexandre. /Comitê Organizador do Campeonato Mundial de Tênis de Mesa de Busan

É claro que esse processo não é tranquilo. Alexandre teve dificuldades no saque desde o início da partida. Jogadores não deficientes levantam a bola e sacam com a mão esquerda se forem destros e com a mão direita se forem canhotos. Mas Alexandre não tinha a mão direita. Então, ele desenvolveu um método de sacar colocando a bola no taco de tênis de mesa que segurava com a mão esquerda, segurando-a no lugar com o polegar e sacando alto.

Embora agora ele possa usar seu saque de maneira eficiente com uma grande queda no giro, ele admite: “Dediquei-me a praticar meu saque por 2 a 3 anos”. Agora, o serviço irregular é, na verdade, uma de suas principais armas. “Consegui chegar até aqui porque as pessoas ao meu redor me incentivaram: 'Você consegue'”, disse Alexandre. Eu também me encorajo. “A vida é uma série de escolhas. Faça a escolha que o torna mais forte”, ele tatuou no braço. Ele também disse que os dramas coreanos acalmam sua mente e corpo cansados ​​do treinamento intenso. Meu drama favorito é 'Crash Landing on You'. “Fiquei realmente surpreso que os dois atores principais (Hyun Bin e Sun Ye-jin) realmente se casaram”, disse ele rindo.

Bruna Alexander, jogadora de tênis de mesa com uma mão só. /Boas notícias

Alexandre se destaca no tênis de mesa com handicap. Ele também registrou 4 vitórias e 2 derrotas contra jogadores sem deficiência neste torneio. A última meta que quero alcançar é a medalha de ouro paraolímpica. Ela conquistou a medalha de bronze nas provas individuais e por equipes femininas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 em sua casa e a medalha de prata na prova individual nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, três anos atrás. “Quero realizar meu sonho nas próximas Paraolimpíadas de Paris”, seus olhos brilharam.

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◇ As irmãs Takahashi lideram o tênis de mesa brasileiro

Atualmente, as protagonistas do torneio ‘Samba Table Tennis’ são as irmãs Bruna e Julia (19) Takahashi. Bruna está atualmente em 22º lugar no ranking mundial de solteiros e Júlia em 86º. As irmãs estão entre as 100 melhores jogadoras brasileiras do mundo. Em particular, sua irmã mais velha, Bruna, é considerada uma 'pioneira' no tênis de mesa feminino brasileiro. A brasileira quebrou a barreira do ‘Top 20’ pela primeira vez na história do tênis de mesa feminino, subindo para a 17ª posição em simples em junho de 2022.

Bruna começou a jogar tênis de mesa aos 8 anos e Julia seguiu a irmã mais velha até a quadra de tênis de mesa, dizendo: “Foi divertido”, então ela começou a jogar aos 6 anos. Mesmo que a irmã mais velha ainda esteja 'um passo à frente' em termos de talento, Bruna se orgulha de ver a irmã mais nova sendo selecionada para a seleção e crescendo a cada dia. “Fiquei orgulhoso de ver minhas habilidades melhorarem a cada partida deste torneio. “Meu irmão mais novo está em um momento crítico de transição da juventude para a idade adulta.”

Irmãs Bruna (à esquerda) e Julia Takahashi. /Busan = repórter Park Kang-hyeon

Como se pode inferir pelo sobrenome 'Takahashi', eles tinham pai nipo-brasileiro. No Brasil é chamado de 'Nipo Brasileiros'. Os japoneses imigraram para o Brasil no início do século 20 e formaram uma grande comunidade. Estima-se que cerca de 2 milhões dos 200 milhões de habitantes do Brasil sejam descendentes de japoneses.

Irmã Takahashi quer quebrar o 'preconceito' de que o Brasil só é bom no futebol e no vôlei. Há uma grande chance de eles irem juntos às Olimpíadas de Paris. Bruna ressaltou, acrescentando: “Não creio que neste momento possamos elevar o tênis de mesa brasileiro ao primeiro lugar do ranking mundial, mas nosso objetivo é continuar crescendo, dando um passo de cada vez”.

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