Em 2005 um Estudo de Impacto Ambiental chumbou a construção do Hospital de Cascais  num espaço próximo da pista do aeródromo de Tires, porque as cargas de poluição produzidas pelas operações aeronáuticas eram de tal modo nocivas para a saúde humana que de todo desaconselhavam a construção naquele local.

15 anos depois, o movimento no aeródromo, entretanto pomposamente promovido a “Aeroporto de Cascais“, multiplicou-se por três ou quatro vezes mais, e mais população passou também a viver na periferia da pista.

Não satisfeita com o inusitado aumento do tráfego aéreo,  a Câmara ainda insiste em querer levar para Tires “toda a aviação privada executiva que hoje utiliza o Aeroporto de Lisboa”.

Será que nestes anos os eleitos do PSD e do CDS que desgovernam Cascais descobriram que o barulho produzido pelos reatores, as toneladas de oxigénio queimadas e os incontáveis milhares de milhões de partículas ultrafinas libertadas pela combustão dos reatores dos jactos, que outros malucos dizem que matam os humanos, ao contrário de serem a mãe de tantos males, afinal nos fazem bem à saúde?

Descobriram o milagre e andam a escondê-lo do resto do Mundo, que se está a bater para levar os aeroportos para longe das zonas urbanas enquanto aqui se faz o contrário?

Abençoados nós, os Cascalenses, pela súbita sorte de termos os autarcas mais inspirados, inteligentes, amigos do ambiente e da nossa  saúde,  como outros iguais não há no Mundo inteiro.