O Índice Mundial de Preços Alimentares, que apresentava uma tendência ascendente em Julho passado, voltou a descer em Agosto.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Índice Mundial de Preços dos Alimentos situou-se em 121,4 pontos em agosto, uma queda de 2,1% face aos 124,0 pontos do mês anterior. Os preços da maioria das commodities caíram, mas os preços do açúcar subiram ligeiramente devido ao clima semelhante ao El Niño.
O índice de preços dos grãos situou-se em 125,0 pontos, queda de 0,7% em relação aos 125,9 pontos do mês anterior. Os preços internacionais do trigo caíram à medida que a colheita avançava nos principais países exportadores do Hemisfério Norte, enquanto os preços do milho diminuíram quando a colheita começou nos EUA, após colheitas recordes no Brasil. No entanto, os preços internacionais do arroz aumentaram significativamente depois de a Índia ter restringido as exportações de arroz indica (grãos longos) em Julho, e os volumes de comércio de arroz também caíram devido à incerteza sobre se a medida continuaria ou seria expandida.
O índice de preços do petróleo situou-se em 125,8 pontos, uma queda de 3,1% face aos 129,8 pontos do mês anterior. Os preços do óleo de palma caíram nos principais países produtores do Sudeste Asiático devido ao aumento da produção e à redução da procura internacional. Da mesma forma, os preços do óleo de semente de girassol caíram devido ao aumento da oferta dos principais países exportadores e à menor procura internacional. O óleo de soja e o óleo de colza também caíram devido à oferta adequada para as exportações internacionais.
O índice de preços das carnes situou-se em 114,6 pontos, queda de 3,0% em relação aos 118,2 pontos do mês anterior. Os preços da carne suína caíram devido ao menor consumo de carne suína na Europa, à menor demanda dos principais países importadores e ao aumento da oferta de exportação. Apesar do aumento das importações provenientes do Leste Asiático e do Médio Oriente, os preços das aves caíram devido à oferta insuficiente, especialmente no Brasil. Os preços da carne bovina caíram devido à menor demanda no Nordeste da Ásia e a uma oferta adequada de gado para carne nos principais países produtores.
O Índice de Preços do Leite situou-se em 111,3 pontos, uma queda de 4,0% em relação aos 115,9 pontos do mês anterior. Os preços dos produtos lácteos na região da Oceânia diminuíram globalmente à medida que a oferta de leite aumentou. No caso do leite em pó integral, a redução das importações provenientes da China também contribuiu para a queda dos preços. O preço do leite em pó desnatado caiu devido à redução da procura no mercado durante as férias de verão na Europa, e os preços da manteiga e do queijo também caíram devido a razões semelhantes.
O índice de preços do açúcar ficou em 148,2 pontos, alta de 1,9% em relação aos 146,3 pontos do mês anterior. Os preços do açúcar subiram em meio a preocupações de que impactos climáticos como o El Niño pudessem piorar as condições de produção. Na Índia, a produção de cana-de-açúcar foi gravemente afetada devido à falta de chuvas e, na Tailândia, previa-se que a produção diminuísse devido à seca. No entanto, o aumento dos preços do açúcar foi limitado pela continuação da colheita no Brasil, pela desvalorização do real brasileiro face ao dólar norte-americano e pelos preços mais baixos do etanol.
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