Células cerebrais cultivadas em laboratório agora podem jogar o clássico jogo de tênis de mesa, Pong. É uma nova tecnologia de computação que cria inteligência artificial (IA) conectando neurônios vivos e silício. Espera-se abrir uma nova maneira de criar inteligência artificial que pensa como um humano.
A startup australiana Cortical Labs fez Pong funcionar conectando um chip de computador biológico chamado ‘DishBrain’, que desenvolveu neurônios vivos em matrizes de múltiplos eletrodos de silício, a um computador, informou o The Guardian no dia 25 (horário local).
Pong é um jogo no qual o jogador move a raquete quadrada na borda da tela para cima e para baixo para acertar uma bola voadora e mandá-la para o adversário.
Os neurônios ficam em um chip de matriz de múltiplos eletrodos que fornece impulsos elétricos que expressam informações como a distância da raquete à bola. No topo do chip de matriz de múltiplos eletrodos, os neurônios germinam e desenvolvem “axônios”, longas conexões semelhantes a tentáculos, e constroem sua intrincada rede cobrindo o eletrodo central.
Os sinais elétricos dos neurônios gerados pela estimulação elétrica recebida do chip são usados para mover a raquete para cima e para baixo. Cada vez que a raquete bate na bola, os neurônios recebem uma pequena recompensa elétrica. Ele aprende melhor quando não consegue bloquear a bola e faz com que o sistema forneça estímulos aleatórios. E jogar melhor com o tempo.
“O DishBrain mostrou um caminho de aprendizado consistente e melhorou o processamento de informações, embora não em nível humano”, disse o diretor científico do Kagan Cortical Lab.
“As células neurais parecem odiar a incerteza”, disse Kagan, “e podemos usar isso para ensinar videogames. Elas podem superar a IA”.
Chan Park, cpark@aitimes.com
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