O índice mundial de preços dos alimentos caiu 0,1% em relação ao mês anterior
Óleos e gorduras (△3,9%), carnes (△1,0%) e laticínios (△2,3%) diminuíram em relação ao mês anterior.
Preços dos cereais (1,0%) e do açúcar (9,8%) sobem
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Índice Mundial de Preços Alimentares manteve-se praticamente inalterado em setembro de 2023, registando 121,5 pontos, menos 0,1% que no mês anterior (121,6 pontos). Os preços do petróleo, da carne e dos produtos lácteos caíram, mas os preços dos cereais e do açúcar subiram.
Os preços internacionais do trigo caíram devido ao fornecimento adequado de trigo da Rússia. Os preços internacionais do milho subiram devido a uma combinação de factores, incluindo o aumento da procura de milho brasileiro, o fornecimento mais lento da Argentina e dificuldades de transporte devido aos baixos níveis de água no rio Mississipi, nos Estados Unidos. Os preços internacionais do arroz caíram devido à menor procura, mas o declínio foi menor devido a factores incertos, tais como as restrições à exportação de arroz da Índia.
Os preços do óleo de palma caíram durante um período de aumento da produção nos principais países do Sudeste Asiático. Na região do Mar Negro, a colheita e venda de óleo de semente de girassol tem sido muito activa, pelo que o preço do óleo de colza caiu devido a uma oferta adequada para exportação. Os preços do óleo de soja também caíram, embora se esperasse que a procura por biocombustíveis permanecesse inalterada.
Os preços internacionais da carne suína caíram à medida que a demanda dos principais países importadores, como a China, caiu. Os preços das aves caíram à medida que grandes países exportadores, como o Brasil, forneciam o suficiente. No entanto, a procura de importação de carne bovina aumentou, especialmente nos Estados Unidos, e os preços subiram apesar do aumento das exportações do Brasil e da Austrália.
Os preços de todos os produtos lácteos caíram devido à falta de procura urgente de produtos lácteos, apesar dos stocks adequados nos principais países produtores. A expansão da capacidade de exportação da Nova Zelândia, a fraca procura interna na Europa e a fraqueza do euro face ao dólar dos EUA contribuíram para o declínio dos preços do leite. Contudo, a procura por alguns produtos lácteos aumentou no Sudeste Asiático no final de Setembro.
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^ (Esquerda) Índice anual de preços de alimentos, (direita) Índice de preços de commodities, (inferior) Índice de preços de alimentos nominais e reais
Os preços subiram, uma vez que se espera que a produção de açúcar caia devido ao tempo seco causado pelo El Niño nos principais países produtores, como a Tailândia e a Índia. O aumento do preço do petróleo bruto no mercado internacional também influenciou o aumento do preço do açúcar. Contudo, o aumento dos preços do açúcar moderou-se um pouco, uma vez que as colheitas no Brasil foram suaves devido ao bom tempo e o real brasileiro continuou a enfraquecer face ao dólar dos EUA.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) projetou a oferta e a procura globais de cereais em 2023/24 da seguinte forma.
A produção mundial de cereais em 2023/24 deverá ser de 2.818,8 milhões de toneladas, um aumento de 0,9% (26,5 milhões de toneladas) em comparação com 2022/23.
O consumo mundial de cereais deverá ser de 2.803,7 milhões de toneladas em 2023/24, um aumento de 0,8% (21,8 milhões de toneladas) em comparação com 2022/23.
Prevê-se que os stocks finais mundiais de cereais sejam de 884,0 milhões de toneladas em 2023/24 em comparação com 2022/23, um aumento de 3,0% (25,4 milhões de toneladas).
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