A “corrida de investimentos” da indústria automobilística global continua no Brasil. A japonesa Toyota, a maior montadora do mundo, anunciou planos para dobrar seu investimento uma semana depois que o presidente do Hyundai Motor Group, Chung Eui-sun, se reuniu com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e prometeu um investimento no valor de 1,5 trilhão.
No dia 4 (horário local), a mídia estrangeira como a Reuters citou o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio do Brasil, Geraldo Alcimin, dizendo: “A Toyota planeja investir 11 bilhões de reais (US$ 2,2 bilhões, cerca de US$ 3 trilhões) no Brasil no próximo período. . Alguns anos no dia 5.” “Faremos um anúncio”, disse o comunicado. Anteriormente, a mídia local informou que a Toyota produzirá novos modelos, como híbridos e veículos utilitários esportivos (SUVs), na fábrica de Sorocaba, em São Paulo.
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O primeiro local de expansão da Toyota no exterior há 60 anos
O Brasil foi escolhido pela Toyota como seu primeiro local de expansão no exterior em 1962. A Toyota fechou a fábrica de São Bernardo em novembro do ano passado, que estava em operação há mais de 60 anos, e planeja usar o investimento para modernizar a infraestrutura de outras unidades de produção. Já opera uma fábrica de veículos acabados com capacidade de 240 mil unidades por ano na Indai Dua em Sorocaba e São Paulo. O vice-presidente Alkimin disse: “Esperamos que o investimento da Toyota crie 2.000 empregos e nos permita introduzir novos modelos”.
A Toyota foi precedida pela Hyundai Motors da Coreia, pela Volkswagen da Alemanha e pelos EUA. A General Motors (GM) e a chinesa BYD também anunciaram recentemente planos de investimento no Brasil. O presidente do Hyundai Motor Group, Chung Eui-sun, visitou o Brasil no dia 22 do mês passado e prometeu investir, dizendo: “Se o Hyundai Motor Group tiver algo a contribuir no campo do hidrogênio e da mobilidade ecológica, participaremos ativamente”.
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O primeiro projeto de Eui-sun Chung no exterior também está no Brasil.
Desde que se tornou vice-presidente em 2009, o presidente Chung foi responsável pelo avanço de seus primeiros negócios no exterior, no Brasil. A Hyundai Motor Company opera a fábrica de Piracicabashi desde 2012, mas é difícil dizer que tenha tido sucesso. No terceiro trimestre do ano passado, apenas três das fábricas globais da Hyundai Motor Company registaram taxas de funcionamento inferiores a 100%: Brasil (94,6%), Vietname (56,7%) e Indonésia (66,1%). A Hyundai Motor Company planeia utilizar este investimento para fornecer novos motores de crescimento na área local.
A GM também anunciou em janeiro que investiria 7 bilhões de reais (cerca de US$ 1,42 bilhão) no Brasil até 2028. A ambição é “transformar completamente o portfólio automotivo da maior região econômica da América do Sul”. A Volkswagen decidiu investir 16 bilhões de reais (aproximadamente US$ 3,23 bilhões) até 2028, dobrando o valor original. Com isso, pretendemos ampliar nossa base fabril de veículos híbridos e elétricos. No ano passado, a BYD da China comprou as instalações fabris que a Ford dos Estados Unidos retirou até 2021. A BYD planeja fabricar veículos elétricos aqui até o final deste ano.
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Há poder de compra e matérias-primas abundantes
Há uma razão pela qual a indústria automobilística está correndo para o Brasil. O Brasil é o 7º país mais populoso do mundo (217 milhões de pessoas) e a maior economia da América Latina, com um produto interno bruto (PIB) de US$ 1,8747 trilhão (9º no mundo em 2022). Além do grande mercado interno, o estabelecimento de uma base produtiva no Brasil visa exportar para países da América Central e do Sul, onde a demanda por automóveis vem aumentando gradativamente. Além disso, o Brasil é rico em matérias-primas como aço e alumínio necessárias à produção automotiva, e possui muitos recursos de armazenamento, facilitando o estabelecimento de uma cadeia de valor para a produção de baterias para veículos elétricos.
O recente impulso do governo Lula para novas políticas de industrialização ecológicas e de baixo carbono serve como um “plano de incentivo” para a indústria. No início deste ano, o governo brasileiro introduziu o programa MOVER (Inovação em Mobilidade Verde), a chamada versão brasileira da Lei Antiinflação (IRA), que fornece cerca de 19 bilhões de reais (US$ 4 bilhões, aproximadamente KRW 5,3 trilhões) para veículos. Os fabricantes anunciaram incentivos.
Um funcionário da indústria automobilística disse: “A indústria automobilística nos Estados Unidos continuará a crescer, especialmente no México e no Brasil”. A base fabril do México se concentrará em modelos de alta qualidade voltados para o mercado norte-americano, enquanto a base fabril do Brasil se concentrará em modelos de baixo custo para os mercados da América Central e do Sul, explicou o responsável.
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Os veículos ecológicos têm grande potencial, mas a infraestrutura de produção é fraca
Porém, especialistas afirmam que a expansão dos investimentos tem sido limitada ao setor automotivo e não suficiente para liderar o crescimento da indústria brasileira como um todo. Instituto Coreano de Política Econômica Internacional (KIEP) Dr. Mi-Sook Park afirma: “No passado, o Brasil teve muita presença na indústria automobilística global. “É o maior mercado da América Central e do Sul, mas as tarifas para entrar através das exportações são altas, por isso estamos construindo uma base industrial local”, disse ele. “Atualmente, os veículos híbridos à base de bio-óleo são populares no Brasil devido ao potencial de veículos ecologicamente corretos, com investimentos recentes aumentando para dominar o mercado. “Eu vejo isso”, disse ele.
“Embora o governo brasileiro continue a introduzir políticas de estímulo para expandir a base industrial, alguns dizem que a sua competitividade como base industrial não é tão grande como a de outros países devido à sua fraca infra-estrutura”, disse ele. “Recentemente, tem havido ceticismo em relação às medidas de promoção de investimentos lideradas pelo governo.” “Temos que nos concentrar no fato de que está crescendo”, acrescentou.
Ko Seok-hyun (ko.sukhyun@joongang.co.kr)
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