A investigação relacionada ao ‘motim contra as eleições presidenciais’ está a todo vapor
As relações amistosas permanecem na Embaixada da Hungria
Postagens de brincadeira dizendo ‘fuja’ se espalharam nas redes sociais
O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (foto), apelidado de 'Trump do Brasil', é suspeito de buscar asilo na embaixada húngara para evitar processo depois de ser acusado de ordenar motins para protestar contra sua eleição presidencial fracassada.
O New York Times (NYT) noticiou no dia 25 (horário local) que obteve imagens dos movimentos do ex-presidente Bolsonaro de quatro circuitos fechados de televisão (CC) na Embaixada da Hungria.
Segundo relatos, o ex-presidente Bolsonaro permaneceu na Embaixada da Hungria em Brasília de 12 a 14 do mês passado. Olhando para o vídeo, acredita-se que ele esteja hospedado na suíte VIP da embaixada, e o ex-presidente Bolsonaro é visto conversando com o que parecem ser guarda-costas ou com o embaixador húngaro, informou o NYT.
O NYT citou um funcionário da embaixada húngara dizendo: “(A embaixada húngara) pediu aos funcionários brasileiros locais que estavam programados para ir trabalhar em 15 de fevereiro que ficassem em casa por uma semana” e “o motivo foi considerado inexplicável”. .
Como resultado, surgiram suspeitas de que ele possa ter tentado refugiar-se na embaixada para evitar investigação por parte das autoridades. Isso ocorre porque as autoridades brasileiras não podem tomar medidas legais contra embaixadas estrangeiras, tais como prisão ou detenção. No dia 8 do mês passado, quatro dias antes de ele entrar na embaixada húngara, as autoridades de inteligência brasileiras emitiram um mandado de busca ao ex-presidente Bolsonaro, ordenando-lhe que confiscasse o seu passaporte e o investigasse por ‘motins contra a eleição presidencial’. Começou para valer.
A amizade do ex-presidente Bolsonaro com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, também alimentou suspeitas de extradição. O ex-presidente Bolsonaro chamou o primeiro-ministro Orbán de “irmão” quando visitou a Hungria em 2022 e, no ano seguinte, o primeiro-ministro Orbán chamou o ex-presidente Bolsonaro de “herói” quando se conheceram na posse do presidente argentino Javier Milli. O NYT destacou: “Esta é uma tentativa de usar sua amizade com o primeiro-ministro Orbán, um líder de extrema direita, para evitar que o sistema judicial brasileiro investigue seus crimes”.
À medida que as suspeitas aumentavam, o ex-presidente Bolsonaro disse à mídia brasileira que “não vou negar que estive na embaixada húngara”, mas que “tenho amigos em todo o mundo. Fui convidado à embaixada húngara para falar sobre questões atuais em Brasil, e o resto é especulação”, afirmou.
Neste dia, o Itamaraty convocou o embaixador húngaro no Brasil e perguntou sobre as circunstâncias da permanência do ex-presidente Bolsonaro na embaixada, mas o embaixador húngaro teria não respondido. A Embaixada da Hungria não respondeu aos pedidos da comunicação social.
Enquanto isso, postagens zombando de sua ação têm circulado nas redes sociais (SNS) com a hashtag ‘Bolsonaro fujao’ escrita em português.
“Especialista em zumbis hardcore. Aficionado por bacon. Fanático por mídia social. Aficionado pela web. Fanático por cultura pop. Pioneiro da música amadora.”