Em 6 de setembro, a Ucrânia anunciou sua intenção de defender Bahamut, um campo de batalha no leste do campo de batalha cercado por forças russas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em um discurso televisionado naquele dia que “não há região deserta na Ucrânia” e que “a liderança concordou unanimemente com a posição de reforçar a posição atual sem se retirar de Bahamut”.
“Instruí o comandante-em-chefe a encontrar unidades para ajudar nossos soldados em Bahamut”, acrescentou.
O Gabinete do Presidente da Ucrânia emitiu um comunicado hoje cedo e anunciou em uma reunião regular do Estado-Maior presidida pelo presidente Zelensky que decidiu continuar a operação para defender Bakhmut e reforçar as atuais posições das forças.
Na reunião, explicou, também foram discutidas formas de fornecer armas e equipamentos de forma eficiente à área de atuação de Bahmut.
■ “Solicitação de Munições Cluster”
As autoridades ucranianas pediram aos Estados Unidos que forneçam munições cluster que podem ser lançadas por drones, informou a Reuters, citando dois membros do Congresso.
Quando o corpo-mãe de uma bomba de fragmentação é destruído no ar, as centenas de submunições dentro dela se espalham ao redor do alvo, matando um número indeterminado de pessoas. É considerada uma arma representativa desumana porque se destina a matar um grande número de pessoas em uma área ampla. Seu uso foi proibido desde a entrada em vigor dos Acordos de Oslo em 2010.
Mais de 120 países assinaram os Acordos de Oslo, mas Rússia, Ucrânia e Estados Unidos não.
Em 24 de fevereiro do ano passado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a Anistia Internacional relataram que o exército russo, que invadiu a Ucrânia pela frente, usou bombas de fragmentação várias vezes em áreas densamente povoadas.
■ Defesa dos EUA ‘mais simbólica do que estratégica’
Bakhmut é uma pequena cidade em Donetsk Oblast, leste da Ucrânia, que emergiu como um dos campos de batalha mais violentos da guerra.
Yevgeny Prigozhin, o verdadeiro dono do Grupo Wagner, uma empresa mercenária russa que lidera a ofensiva na região, pediu ao presidente Zelensky que retirasse as forças ucranianas no dia 3, dizendo que Bakhmut estava efetivamente cercado.
Também foi relatado que havia apenas uma rota restante para abastecer o exército ucraniano a oeste.
Com o exército regular russo e o grupo Wagner cercando a região por três lados e aumentando a possibilidade de capturá-la, a ‘teoria da retirada estratégica’ do exército ucraniano foi levantada, mas o presidente Zelensky e as autoridades ucranianas anunciaram no sexto dia que continuariam defender.
No entanto, recentemente, especialistas militares expressaram que não vale a pena ficar com Bahamut à custa de mais perdas de tropas.
Analistas dizem que a defesa implacável de Bahamut pelo exército ucraniano já valeu a pena, pois infligiu pesadas perdas em tropas e munições ao exército russo.
As autoridades americanas também apoiaram essa observação.
“A queda de Bahamut não significa necessariamente que a Rússia mudou o rumo desta batalha”, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, a repórteres em Amã, capital da Jordânia, em 6 de setembro.
“Acho que (Bahamut) tem mais valor simbólico do que valor estratégico e operacional”, disse ele.
Austin também observou que a Rússia “continua a implantar forças destreinadas e mal equipadas (lideradas por mercenários)” em Bahamut.
Por outro lado, disse Austin, a Ucrânia está pacientemente aumentando sua capacidade de combate em outros lugares, com assistência militar ocidental, antes de uma grande ofensiva na primavera.
■ Durante as atividades de reforço
Também há alegações de que as forças ucranianas já começaram uma retirada gradual.
Embora o lado ucraniano tenha enviado recentemente reforços para o local, a análise segue que sua missão é apoiar e escoltar o quartel-general em retirada.
Este é o VOA News Jongsu Oh.
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