Dois anos depois Cristina Ferreira é “resgatada” pela TVI onde vai voltar a 1 de Setembro, como responsável pelo pelouro do entretenimento e ficção, como administradora não-executiva e ainda fica com uma participação no capital social da Media Capital entre 1% a 2%.
A decisão de Cristina Ferreira voltar para a TVI deixou a SIC desprevenida, sendo que não chegou a ter hipótese de efectuar uma contra-proposta. As negociações entre a TVI e a apresentadora já decorriam há um mês.
A total descrição das negociações foi o ponto-chave que foi mantida através de Cristina Ferreira e os seus representantes assim como com Nuno Santos.
Cristina Ferreira ambicionava ter um peso na administração, assim como uma responsabilidade maior na área do entretenimento. “Por um lado, ter uma posição na administração e, por outro, ter mais responsabilidades efectivas na área do entretenimento”, afirma fonte ao DN.
Esse último, aliás, era um dos pontos fundamentais que terá aliciado Cristina Ferreira a trocar a TVI pela SIC há dois anos. Recorde-se que esse era um dos pontos de Cristina Ferreira quando se mudou de Queluz para Paço d”Arcos e que, diz fonte da TVI, “não terá corrido como esperado”
Em acumulação com a posição de diretora de programas, Cristina Ferreira vai ainda liderar a subsidiária Plural que é a produtora responsável por idealizar e produzir os conteúdos de ficção. Além disso, a apresentadora vai também ocupar uma posição de administração na Media Capital e será acionista da holding da Media Capital.
Esta decisão de Cristina Ferreira de romper unilateralmente o contrato com a SIC que durava até 2022, deverá terminar em tribunal. O canal pode exigir o pagamento de pelo menos quatro milhões de euros pela saída “abrupta e surpreendente”, revela o jornal “Expresso”, que pertence ao mesmo grupo que a SIC.
Deste valor, cerca de dois milhões dizem respeito ao valor do salário dos dois anos de contrato não cumpridos e pelo menos mais dois milhões que são relativos a custos de parcerias e venda de produtos pelos quais a apresentadora dava a cara.
Durante o mês de Maio, o Governo disponibilizou um apoio aos órgãos de comunicação social no valor total de 11,2 milhões de euros que seriam usados para comprar espaço/tempo de publicidade institucional.
Deste valor, a Media Capital, dona da TVI irá receber 3,321 milhões de euros, valor já rectificado.
Disclaimer: Neste apoio de 11,2 milhões de euros as publicações regionais foram contempladas com dois milhões de euros. O Portal Cascais optou por não receber qualquer apoio do Governo.