Um ‘dólar forte’ ameaça agricultores dos EUA Isso porque as safras de exportação dos EUA para o mundo, como milho e soja, estão perdendo competitividade de preços devido à recente valorização do dólar. Além disso, concorrentes agrícolas como o Brasil estão aumentando sua competitividade, ampliando sua infraestrutura logística e reduzindo custos de transporte.
A Bloomberg informou no dia 6 (horário local) que o custo de importação de soja da China para os Estados Unidos aumentou significativamente, aproximando-se do custo de importação de soja do Brasil.
A China é o maior importador de soja do mundo. A partir do ano passado, só as importações foram de 97 milhões de toneladas métricas (MT). O Brasil tem a maior fatia do mercado global de soja, respondendo por 53% das exportações globais de soja. Segue-se os EUA com 35%.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), antes de 2020, o envio de soja dos EUA para a China era metade do custo de envio da soja brasileira. Por exemplo, no final de 2008, a China importou soja do Mato Grosso, uma importante plantação de soja no Brasil, a um preço de US$ 149,3 por tonelada. Ao mesmo tempo, em Iowa, EUA, eles pagaram US$ 71,7 por tonelada.
No entanto, essa lacuna quase diminuiu nos últimos anos. No final de março, o custo de embarque da soja norte-americana (US$ 148,8/t) foi superior ao custo de embarque da soja brasileira (US$ 145,6/t).
Uma das principais razões é a força do dólar. À medida que o Federal Reserve dos EUA (Fed) começou a apertar a política monetária este ano, aumentando as taxas de juros, o dólar subiu e as moedas de outros países caíram. O índice do dólar, que mede o dólar em relação às seis principais moedas, subiu para 110,691 no dia 7. Este é o nível mais alto em quase 20 anos desde 18 de junho de 2002 (111.280).
A partir do dia 10, o câmbio entre o real e o dólar era de 5,15 reais por dólar. Ele subiu de 4,66 yuans no início de abril para 5,5 yuans em julho. Comparado a 2020, o aumento é maior. Segundo a Bloomberg, o real caiu 18% em relação ao dólar desde o início de 2020. Das 16 principais moedas monitoradas pela Bloomberg, teve a maior queda fora do iene (queda de 23%).
Há também problemas na cadeia de suprimentos. Os EUA enfrentaram dificuldades na exportação devido a interrupções na cadeia de suprimentos após o surto de COVID-19. De acordo com um artigo publicado em abril por Colin Carter, professor da Universidade da Califórnia, Davis, os EUA perderam cerca de US$ 10 bilhões em exportações agrícolas devido a interrupções na cadeia de suprimentos durante a pandemia.
O Brasil, por outro lado, fez um enorme investimento de mais de 290 bilhões de reais (cerca de 78 trilhões de won) em transporte rodoviário e marítimo desde 2008 e está vendo resultados. Ao estabelecer um novo porto, estamos reduzindo muito o tempo e o custo do transporte de produtos agrícolas da fazenda para o navio. De acordo com a Bloomberg, as exportações de milho e soja do recém-construído porto do Lago Norte no Brasil cresceram seis vezes na última década.
“O Brasil tem competitividade (para fechar a lacuna), mas o efeito cambial é enorme”, disse Diego Fera, professor da Universidade de São Paulo. Eu fiz.
Por Noh Yoo-jeong, Correspondente da Equipe yjroh@hankyung.com
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