Embaixador do Brasil na Coreia “O Brasil é um país importante em energias novas e renováveis… Esperamos cooperar com a Coreia no campo da tecnologia.”

Entrevista ao Aju Economic Daily sobre o 64º aniversário das relações diplomáticas entre a Coreia e o Brasil
Instando as empresas coreanas a investirem em semicondutores, minerais, etc.


“O Brasil é um dos países da América Latina com investimentos mais ativos na Coreia. O México, que é o maior investidor, está um pouco à nossa frente. Quanto importamos da Coreia.”

Marcia Doner Abreu, Embaixadora do Brasil na Coreia, disse ao Aju Economic Daily na Embaixada do Brasil em Jongno-gu, Seul, no dia 20. A Coreia e o Brasil celebraram o 64º aniversário das relações diplomáticas este ano. O Embaixador Abreu comentou que os dois países desfrutam de desenvolvimento mútuo há mais de meio século. A explicação é que o Brasil cresceu junto exportando produtos manufaturados para o Brasil e o Brasil exportando petróleo e etanol para a Coreia. Ele esperava que os dois países pudessem fortalecer a cooperação nas áreas de energia amiga do ambiente e ciência e tecnologia antes do 65º aniversário das relações diplomáticas no próximo ano.

O potencial do Brasil é enorme. A população é superior a 200 milhões e é rica em diversos recursos naturais, como níquel e ferro. O tamanho do país é 38 vezes maior que o da Península Coreana. No ano passado, a economia do Brasil ficou em 11º lugar no mundo e em 1º lugar na América Latina. As expectativas para o crescimento econômico do Brasil são altas, com o banco de investimento norte-americano (IB) Goldman Sachs prevendo que o Brasil se tornará a 8ª maior economia do mundo até 2050.

O Embaixador Abreu enfatizou as relações entre a Coreia e o Brasil. “O Brasil é o primeiro país latino-americano a estabelecer relações diplomáticas com a Coreia. Embora a Coreia e o Brasil se oponham totalmente a se encontrarem pelo mundo, a relação entre os dois países sempre foi boa”, afirmou. Os dois países assinaram relações diplomáticas em 1959, e a sua relação foi elevada a uma parceria cooperativa abrangente em 2004.

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O comércio entre os dois países atingiu 11,7 mil milhões de dólares no ano passado e a Coreia consolidou-se como o principal parceiro comercial do Brasil. A partir de 2021, tanto as exportações como as importações continuam a aumentar em relação ao ano anterior. A Coreia importa matérias-primas como cana-de-açúcar e petróleo bruto do Brasil e exporta semicondutores e peças de máquinas.

No entanto, o Embaixador Abreu lamentou que as empresas manufatureiras coreanas não tenham se expandido agressivamente no Brasil. “A HT Micron é a única fabricante coreana de semicondutores operando no Brasil”, destacou. A HT Micron é a subsidiária local da Hana Micron, uma empresa coreana de processamento back-end de semicondutores.

O Embaixador Abreu manifestou esperança de que o comércio entre os dois países se expanda para o sector energético amigo do ambiente. O Brasil, grande produtor de cana-de-açúcar e milho, é pioneiro em bioetanol, e espera-se que o bioetanol se torne uma alternativa aos combustíveis fósseis. Mesmo agora, o bioetanol está sendo promovido como substituto, na medida em que a gasolina automotiva usada no Brasil deve aderir a uma proporção de mistura obrigatória de 20% ou mais de etanol.


O Embaixador Abreu vangloriou-se de que “o Brasil é um grande player no setor de energia renovável”. Ele disse: “90% da eletricidade vem de energias renováveis ​​como o hidrogênio”. Ele também enfatizou repetidamente a sustentabilidade da energia do hidrogênio e do bioetanol.


Ele também instou as empresas coreanas a investirem ativamente no setor mineral brasileiro. As reservas de terras raras do Brasil são as terceiras maiores do mundo, depois da China e do Vietnã. Também é rico em lítio e níquel, minerais necessários para a produção de baterias. O Embaixador Abreu disse: “Duas ou três empresas coreanas fazem apenas pequenos investimentos através de investimentos indiretos e nenhum investimento direto”. No passado, empresas coreanas como a POSCO e o Serviço Nacional de Pensões investiram em mineradoras brasileiras na forma de consórcio. Espera-se que o investimento activo das empresas coreanas seja apoiado.


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O Embaixador Abreu também expressou expectativas de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia. O Embaixador Abreu disse sobre a ciência e tecnologia da Coreia: “É o resultado de uma política pública bem planejada” e “É algo que o Brasil deveria aprender (com a Coreia)”. “Nosso objetivo é cooperar nas áreas de ciência e tecnologia”, disse ele, “e estamos fazendo tudo o que podemos para construir relações de cooperação”.

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