Fim de Emergência… (?) 1.2

A propósito de um post que o Sr. Carlos Carreiras colocou no facebook, fazendo alusão a uma publicação do Bloco de Esquerda de Cascais, respondo assim:

A RTP publicou a 7 de maio o que Carlos Carreiras disse, e cito, “Logo no início disponibilizámos máscaras a um valor mais baixo do que aquele que estava a ser praticado pelo mercado, que eram preços especulativos. “Estivemos a disponibilizar máscaras a 70 cêntimos enquanto estivemos a viver o estado de emergência(…)”.

Mais notícias esclarecedoras no fim do texto.

E se restarem dúvidas http://uf-carcavelosparede.pt/programa-mascaras-acessiveis/

Assim, e para resposta ao comentário do Sr. Carreiras, mais do que preconceitos ideológicos e incompetência, apresento factos e as próprias palavras daquele que, com a maior das desfaçatezes, aponta o dedo para a verdade como sendo mentira, transformando ele própria a mentira na sua verdade. Mas se a internet tem uma coisa boa, é que o que lá entra, fica!

Mas vejamos o que preocupa o (ainda) sr. Presidente da Câmara de Cascais…

Uma suposta ofensa às IPSS do Município de Cascais e a todo o movimento associativo presente no município…

Apelo a todos e a todas, das IPSS e do movimento associativo do Município de Cascais que leiam bem as palavras que escrevi. Leiam e tirem as suas conclusões. Aqui fica a ligação para o meu artigo de opinião, para quem queira saber o que de facto foi por mim escrito.

As minhas palavras não colocam, de todo, qualquer instituição deste município ou presente neste município em causa. Aliás, a título de exemplo, deixo aqui uma das propostas que o Bloco de Esquerda apresentou para Lisboa na última campanha eleitoral autárquica: “Para fomentar o emprego é preciso juntar as forças sociais do concelho para criar um plano para o emprego. O município deve convocar os representantes do mundo do trabalho, das associações e do terceiro setor para propor políticas de fomento do emprego digno na cidade.

Para o Bloco de Esquerda o terceiro setor é complementar à ação do Estado e das autarquias locais, sendo uma peça fundamental na própria organização social e comunitária! E por isso lhes damos o devido valor.

É óbvio o interesse próprio do sr. Carreiras em colocar em causa o Bloco de Esquerda, deturpando tudo o que é dito.

E aproveito este momento para realçar e reafirmar a minha opinião sobre a disponibilização de 850 mil máscaras no município de Cascais no início da pandemia COVID19. Mas vou fazê-lo de forma curta e sucinta, para que não restem dúvidas:

“850 mil máscaras que Cascais comprou” – muito bem!

O que tinha tudo para ser uma excelente medida, ficou-se pelo mais ou menos, pois as máscaras foram entregues, pasme-se, a IPSS para que estas pudessem vender (!?!?!?!?) à população a preço reduzido (0,70 euros cada). – muito mal!

Não entregaram as mascaras diretamente aos munícipes. – muito mal!

Entregam a instituições privadas para que estas vendam aos munícipes. – Muito mal!

Há um financiamento não declarado, e não controlado pela Assembleia Municipal, às instituições privadas que ascende a 650 mil euros. – Falta de transparência, muito mal!

Os residentes no município pagam duas vezes:- com os seus impostos e com o pagamento à IPSS. – Facto indesmentível, muito mal !!!

As juntas de Freguesias poderiam ter feito chegar as máscaras aos munícipes – teria sido muito bem! Estão perto das populações, e distribuiriam de forma gratuita… Isto era bom!

E assim sendo, volto a fazer esta pergunta: porque não foram as máscaras entregues às Juntas de Freguesia para serem distribuídas à população?

É aqui que o sr. Carreiras não responde, preferindo partir para a insinuação e maledicência. Para além de um grande disparate, é uma vergonha!

Defendo que se oferecesse uma elevada quantidade de máscaras às IPSS, para que fossem distribuídas pelos lares e funcionários que continuaram, e bem, a cumprir as suas funções de apoio social….

Louvor seja feito a todos e todas que dão o seu tempo e esforço pelo próximo. E estendo este louvor às coletividades que, para além do seu dever, contribuíram para ajudar todos e todas os que puderam ajudar.

Mas se o sr. Carreiras quer agir da forma que fez, fugindo ao controlo e escrutínio democrático e insinuando contra aqueles que o relembram das suas obrigações democráticas, então, caros e caras munícipes, está no país errado!

O dinheiro não é do sr. Carreiras. É de Cascais e dos seus munícipes! E pelo seu uso o sr. Carreiras tem de prestar contas!

Sr. Carreiras, parece-me que ou está no país errado, ou está enganado quanto aos seus deveres de eleito dentro de um sistema democrático…

Mas quanto a isso, o senhor já devia saber melhor!

Luís de Castro e Salgado

Deputado à Assembleia Municipal de Cascais, eleito pelo Bloco de Esquerda

Notícia da TSF a 9 de abril…

Notícia do Jornal Público a 15 de abril

Notícia no PortalCascais a 16 de abril…

Luís Salgado