Lula volta com ‘guerreiras amazônicas’ para salvar a Terra

2003~2008 Ministro do Meio Ambiente Silva retornou
Político tribal Kasasara, primeiro ministro dos povos tribais
Regressão agrícola, restabelecimento da Agência Ambiental, bandidos sérios

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula Tasoa (centro), com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (à esquerda) e a ministra do Interior, Sonia Cujajara, ministra dos Povos Indígenas, anuncia o próximo gabinete em Brasília no dia 29. Brasília = AP News

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula Taciuba, o ‘pai da esquerda’ da América Latina, iniciará seu terceiro mandato em 1º de janeiro do ano que vem. Os ‘defensores da Amazônia’ estavam na vanguarda do novo gabinete, pois ele prometeu ser um ‘líder ambiental’ que protegeria a floresta amazônica. A eles foi confiada a enorme tarefa de superar muitos desafios, como extração ilegal de madeira, restauração de florestas derrubadas e oposição do setor agrícola.

Segundo a Associated Press e o British Guardian, no dia 29 (horário local), Lula indicou 16 novos ministros e completou o processo de nomeação de 37 ministros. Incluiu não só a esquerda, mas também o centro e a direita, e também deu atenção à diversidade racial, incluindo 10 negros e 2 índios. São 11 ministras, o maior percentual da história brasileira (30%).

As duas primeiras são a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Kasasara. Ambas são ambientalistas de renome mundial e também são conhecidas como ‘Mulheres Guerreiras da Amazônia’.. A mídia estrangeira o saudou como “uma figura que representa a filosofia de governo do presidente Lula e o desejo de proteger a Amazônia”.

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Silva foi ministro do Meio Ambiente de 2003 a 2008, durante a ‘1ª era Lula’. Na época, o Brasil foi elogiado por reduzir o desmatamento em três quartos por suas rígidas políticas ecológicas, como estabelecer áreas protegidas na Amazônia, prevenir crimes ambientais e monitorar florestas usando satélites. Silva é visto como a pessoa certa para cumprir a promessa do ‘3º governo Lula’, que declarou ‘0’ desmatamento na Amazônia em 10 anos.

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Silva dedicou sua vida à Amazônia. Nascido em família pobre de agricultores da região seringueira do noroeste amazônico, impossibilitado de estudar até os 16 anos, após se formar na faculdade, dedicou-se aos movimentos ambientalistas e sindicais apesar de várias adversidades. Na década de 1980, ele liderou a luta dos seringueiros da Amazônia pelo direito à vida e lutou ao lado dos povos indígenas cujos meios de subsistência foram privados pelo desmatamento em grande escala. Em 1994, foi eleito para o Senado pela primeira vez como seringueiro e, em 1996, recebeu o ‘Prêmio Ambiental Goldman’, conhecido como o Prêmio Nobel do Meio Ambiente.

Silva juntou-se ao lado de Lula antes da eleição presidencial do Brasil em outubro deste ano, e foi inicialmente apontado como candidato a ministro do Meio Ambiente. Alguns dizem que a vitória de Lula nas eleições presidenciais foi graças à reputação de Silva. “O novo governo criará um ecossistema democrático que prioriza a segurança, a sustentabilidade e a crise climática”, disse Silva.

A ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajasara (à direita), cumprimenta apoiadores com o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula Dasua, no dia 29. Brasília = AP News

Outro braço do regime de Lula foi o confeiteiro encarregado do setor indígena. Gujajara vem de uma das maiores comunidades indígenas do Brasil, Gujajara, e lutou contra a violência e a discriminação contra os povos indígenas enquanto servia como secretário-geral do grupo de direitos indígenas Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Nas eleições presidenciais de 2018, ela se tornou a primeira mulher indígena a concorrer ao cargo de vice-presidente e, nas eleições gerais de outubro deste ano, tornou-se a terceira mulher indígena eleita para a Câmara dos Deputados. Ele também foi nomeado uma das 100 “Pessoas do Ano” em 2022 pela revista semanal americana Time.

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A promessa de campanha de Lula era estabelecer um Departamento dos Nativos Americanos. A população indígena do Brasil de cerca de 897.000 não é pequena, mas está excluída da política dominante. “A criação do Ministério dos Povos Tribais faz parte das reparações históricas para as comunidades tribais que sofreram por séculos”, disse Kujasara. É um evento importante na história tribal.

A política da Amazon que foi quebrada por 4 anos precisa ser definida desde o início

Uma cena de incêndio na floresta amazônica perto de Novo Progresso, estado do Pará, norte do Brasil. Foto de arquivo da AFP Yonhap News

Ambos os ministros enfrentam muitos desafios difíceis. Com o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro no dia 31, a Amazônia corre o risco de sufocar devido à ocupação de terras, mineração e reflorestamento imprudente para exportação de madeira. O desmatamento aumentou 60% nos últimos quatro anos, e a área de floresta perdida entre agosto do ano passado e julho deste ano é de 11.500 quilômetros quadrados, o equivalente à área terrestre do Catar.

No entanto, se o desmatamento for interrompido imediatamente, há uma chance maior de conflito com o setor agrícola que exige a conservação de terras agrícolas em larga escala. Silva renunciou ao cargo de ministro do Meio Ambiente em 2008 devido a conflitos com empresas agrícolas que exigiam o cultivo de culturas geneticamente modificadas e melhorias de infraestrutura na Amazônia.

“Estamos em uma situação em que temos que reconstruir tudo do zero, incluindo a reconstrução de instituições ambientais que correm o risco de morrer devido aos cortes de financiamento de Bolsonaro”, disse Erica Berenger, pesquisadora sênior da Universidade de Oxford, na Inglaterra. “O governo não será fácil”, disse ele.

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Kim Pyo-hyang Repórter




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