Por princípio considero que as Parcerias Público Privadas (PPP) devem ter um carácter supletivo e temporário. Sendo que a minha primeira preocupação está focada na disponibilidade dos serviços e na satisfação das expectativas dos cidadãos relativamente à garantia, proximidade e qualidade dos cuidados prestados.
Dito isto, e considerando que relativamente à gestão do Hospital de Cascais, pese embora algumas situações pontuais sinalizadas ao longo do tempo, há globalmente uma percepção positiva do desempenho desta.
Percepção também sustentada pela avaliação feita pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos (UTAP), do Ministério das Finanças, que concluiu no início de 2017 que o Estado poupou mais de 40 milhões de euros em cinco anos.
Se a isto somarmos que a opção de lançar um novo concurso internacional irá igualmente permitir suprir algumas necessidades, não só ao nível do alargamento das instalações e da cobertura, mas também no que diz respeito à incorporação de mais valências, não posso deixar de ser favorável.
A saber, o novo concurso contempla a ampliação necessária para que seja possível dar resposta aos utentes de seis freguesias de Sintra, mais próximas do nosso concelho, que vêm ao Hospital de Cascais ter assistência em Ginecologia-Obstetrícia mas que depois, para ter resposta nas restantes especialidades, têm que se deslocar ao Hospital Amadora-Sintra com os incómodos pessoais que essa deslocação hoje acarreta.
Para além da incorporação no concurso de valências que até agora não faziam parte do contrato. O Hospital de Cascais não tem valências de infecciologia e oncologia, apesar de acompanhar doentes com VIH/Sida e com cancro, pelo que a internalização efectiva destas valências será de enorme valor acrescentado.